Pacientes com tratamento domiciliar recebem visitas temáticas de Carnaval

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Com o objetivo de desospitalizar aqueles com longo período de internação, o programa acolhe pacientes de idades variadas, indo dos 4 até os 94 anos de idade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Os 39 pacientes que recebem a equipe do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) em casa tiveram uma visita para lá de especial nesta sexta-feira (9). O clima carnavalesco contagiou os profissionais do Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nurad), que realizaram os atendimentos com muito glitter, maquiagem e fantasias. Com o objetivo de desospitalizar aqueles com longo período de internação, o programa acolhe pacientes de idades variadas, indo dos 4 aos 94 anos de idade.

Por meio do programa, os pacientes que estavam por um longo período acamados no hospital receberam alta para ter a oportunidade de continuar com os cuidados no conforto do lar. Isso porque, desde 2021, é a equipe multidisciplinar do Nurad que vai até a residência do assistido, desenvolvendo tratamentos médicos de média complexidade até reabilitação motora, tudo sem a necessidade de sair de casa.

De acordo com a chefe do Nurad, Maiara Cosme, o momento de recuparação é difícil, “mas a ideia é levar (aos pacientes) um pouco de descontração e interação”

“Estamos fazendo as visitas dos últimos dias em clima de Carnaval para trazer uma sensação diferente. Nós sabemos que é um momento difícil, de recuperação, mas a ideia é levar um pouco de descontração e interação”, pontuou a chefe do Nurad, Maiara Cosme.

Orlando Costa, pai de Thomas, diz que as consultas domiciliares têm mostrado resultado no desenvolvimento do filho

As visitas ocorrem semanalmente aos 39 pacientes assistidos pelo programa. O núcleo é composto por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas. Nesta sexta-feira (9), os profissionais visitaram o pequeno Thomas, de 4 anos. Devido ao parto prematuro, ele teve algumas complicações que são acompanhadas pela equipe do Nurad.

A ida à casa de Thomas teve o objetivo de promover exercícios de fonoaudiologia para estimular a mastigação. De acordo com o pai, Orlando Silva Costa, 39, as consultas domiciliares têm mostrado resultado no desenvolvimento do filho: “Ele tem paralisia cerebral, e o diagnóstico dele nos pegou de surpresa. É tudo novo para a gente. Com a equipe aqui em casa, é sempre uma ajuda extra, além de nos orientar sobre como ter mais cuidado com a alimentação dele”, afirmou o cobrador.

De lá, a equipe foi até a casa de Edson Fontinelle Araújo, 50. Ele sofreu um acidente de motocicleta, com politrauma grave, e hoje vive com sequelas neurológicas. “A gente faz cuidados paliativos com ele. Nós realizamos um trabalho de curativo complexo, e hoje iremos trocar a traqueostomia”, detalhou a médica do programa, Mayara Almerim.

“O atendimento que fazem em casa é ótimo. Eles sempre vêm e nos ajudam da melhor forma possível. Como ele é acamado, sempre tem feridas no corpo, então eles nos auxiliam na troca de curativo, receitam medicamentos também, nos orientam sobre o que pode e o que não pode. É ótimo”, avaliou a técnica de enfermagem responsável pelo Edson, Jaqueline Justino.

09/02/2024 - Pacientes com tratamento domiciliar recebem visitas temáticas de Carnaval

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